domingo, 18 de setembro de 2011

Representações da paisagem-1º e 2º ano

A paisagem, gênero artístico fundamental nas classificações da pintura, pode representar diferentes contextos de tempo e espaço e oferece aos observadores passeios imagináveis. Um dos períodos da História da Arte em que a paisagem fez-se muito presente é o impressionismo, movimento de pintura que se originou na França, nos anos 1860. À época, o interesse dos artistas era a busca e representação da luz natural e suas variantes, o que os levou a sair de seus ateliês em busca de paisagens à luz do dia para serem pintadas. Fascinados pela relação entre luz e cor, evitavam cenas religiosas ou românticas para se concentrar apenas nas paisagens e cenas do dia-a-dia. Uma mesma paisagem ou cenário era pintado várias vezes a partir das mudanças e impressões causadas pela incidência do sol. O educador pode exemplificar a temática por meio das obras do principal expoente do impressionismo, o pintor Claude Monet - seu quadro "Impressão - Levantar do sol", aliás, foi à inspiração para o nome do movimento artístico. Depois de conhecerem as obras dos artistas apresentados, o professor pode propor aos alunos que representem sua realidade usando a observação e a imaginação.
Objetivos - Aguçar o olhar através do desenho de observação do entorno;
- Imaginar novas realidades a partir do desenho;
- Fazer com que o aluno perceba diferentes realidades sociais.
Conteúdos
- Desenho de Observação;
- Desenho de imaginação;
- Características e contexto da obra de Claude Monet.
 Escolher reproduções de obras do pintor Claude Monet, artistas significativo do Impressionismo. Lápis grafite, lápis de cor. Giz de cera, papel sulfite.
Desenvolvimento das atividades
O interesse nessa aula não é que o aluno tenha uma iniciação no ensino da história da arte e nem uma preocupação com a luz e suas representações. O período histórico é o foco do trabalho, pois a partir das imagens é possível apresentar levantar questões sobre tempo, localização, comparação da época, roupas, despertando um interesse pela obra de Monet. Há que se atentar que o assunto será abordado para crianças de 1ª e 2ª séries, algumas das quais não aprenderam nem a ler. O impacto visual das obras deve ser explorado.  A atividade é simples: depois de uma breve conversa sobre as obras de Monet, o educador deve fazer a entrega do material e pedir para que os alunos dobrem ao meio a folha de papel. Todos devem sair da sala de aula procurando espaços aonde possam sentar-se no chão e desenhar. A quadra ou o pátio da escola podem ser ideais. A proposta é que os alunos representem de um lado da folha, uma parte da escola que estejam observando.  Pedir para que cada um escolha uma paisagem da própria escola para desenhar. Nessa fase, a abordagem é direcionada ao desenho de observação. No verso da folha, pode pedir para que os alunos façam o mesmo desenho, mas, dessa vez, interferindo com elementos que ele gostaria que estivessem presentes na produção, usando a imaginação. Pode ser necessário usar uma próxima aula para a atividade que envolve a segunda representação.  Outra opção de atividade, que pode ser feita com o mesmo material, é pedir para os alunos dividirem a folha ao e sugerir temas como a representação das paisagens rurais e paisagens urbanas ou mesmo situações que retratem a localização e a realidade dos alunos. Enfim, buscar caminhos para despertar a imaginação e criatividade. Para finalizar, conversar com os alunos sobre suas produções e escolhas.
ATELIÊ -1º AO 5º ANO
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ObjetivoDesenvolver o processo criador.
Conteúdo específico
Percurso de criação.  Desenvolvimento das atividadesConteúdo relacionad Reportagem
Atividades
Organize numa bancada materiais para modalidades já conhecidas pela turma (desenho ou colagem, por exemplo). Deixe cada aluno livre para aprofundar as pesquisas em relação a meios, suportes e ferramentas, descobrindo diferentes combinações. Pendure os trabalhos em varais.  Selecione algumas produções para analisar coletivamente. Proponha que todos compartilhem escolhas e resultados, reconhecendo as marcas pessoais dos autores. Oriente-os a retomar a criação. Conforme eles ganhem autonomia, aumente a variedade de materiais, a freqüência das oficinas e o tempo de duração.  Organize uma mostra com três pinturas de cada aluno. Peça que façam textos explicando os passos das produções.
Recursos –
Giz de cera, lápis de cor, canetas, papel, tecido, revistas, tesoura, palitos, cola, fita crepe, barbante. Varie o material a cada proposta.
AUTORRETRATO -2º AO 5º ANO
Objetivos
Apreciar trabalhos de artistas que são referência em autorretrato.
Fazer autorretrato com desenho e pintura.
Atribuir signos à própria imagem.
Identificar marcas pessoais na maneira de desenhar e pintar. CONTEÚDOS Autorretrato.
Apreciação de obra de arte.
Desenho e pintura. 
DESENVOLVIMENTO Apresente o planejamento do projeto, os materiais e o resultado esperado. Pergunte o que a classe já fez em Arte e os pintores conhecidos. Mostre imagens de retratos e autorretratos de artistas de diferentes épocas (como Frida Kahlo, Tarsila do Amaral, Vincent Van Gogh [1853-1890] e Rembrandt van Rijn [1606-1669]). Elabore questões que instiguem a busca por semelhanças e diferenças no modo de pintar e a descoberta de expressões preferidas de cada um. Ao mesmo tempo em que conduz a apreciação, dê informações sobre o artista. Escolha um pintor que tenha produzido vários autorretratos, levando em conta a história e os interesses do grupo. Apresente pelo menos cinco reproduções que caracterizem seu estilo ou as fases pelas quais passou. Converse com a turma sobre elementos formais, como cor, harmonia, contraste, tipo de pincelada e o significado das imagens. Em novo momento de análise, mostre o trabalho de outro pintor para comparar e evidenciar as marcas pessoais. Alterne situações de apreciação e produção para que os estudantes entrem em contato com o mesmo conteúdo conhecendo diferentes pontos de vista. Distribua folhas de papel sulfite branco e lápis de cor e peça que recriem, de memória, uma das imagens mostradas. Observe o que mais chamou a atenção durante a observação e pergunte o motivo da escolha. Preste atenção: crianças de 4º e 5º anos geralmente usam mais elementos simbólicos do que as de 2º e 3º, que, por sua vez, se fixam mais em cores e formas. Se algum desenho for apenas um traço, converse com o aluno sobre a idéia que ele deseja transmitir, estimulando-o a lembrar detalhes que remetam à mensagem, e ajude-o a incluí-los na produção. 
Agora é hora de explorar a observação do corpo. Oriente a turma a contornar a mão no papel, a desenhar símbolos dentro do traço e a pintá-los. Ao mesmo tempo, arme um retroprojetor com a luz voltada para a parede. Em duplas, a turma deve fazer silhuetas em uma folha de papel  presa à parede. Em seguida, acomode as produções no chão para que sejam criados, com giz de cera, elementos que caracterizem cada um deles.  Distribua os espelhos para a observação do rosto. A garotada deverá agora fazer um auto-retrato com lápis de cor, em folha sulfite. Para o encontro seguinte, peça que as crianças tragam três fotos de casa: uma de quando eram bebê, outra, um pouco mais velhas, e uma atual. Para formar uma seqüência, elas devem se representar como se imaginam no futuro. Assim, se perceberão como pessoas em constante transformação. Quem não tiver fotos pode se desenhar em três fases da vida. Oriente-as a pensar no que gostariam de ser quando adultos e a criar um fundo com diferentes paisagens ou ambientes.  Reserve a pintura do autorretrato em tela com tinta guache. Mostre novamente autorretratos de artistas para que sejam observadas cores, pinceladas e a relação figura/ fundo. Separe a classe em grupos de quatro e distribua recipientes com  tintas das cores primárias e pincéis de diversos tamanhos. Sugira que todos façam misturas e revelem novos tons e cores. Intercale sempre as situações de produção com as de apreciação dos trabalhos. Isso vai permitir que a turma descubra o que mais pode fazer e que detalhes, pinceladas e cores é possível criar e experimentar. Na última aula, promova um amplo debate sobre os autorretratos e as marcas que apareceram na própria pintura e na dos colegas. No último encontro, oriente a garotada a organizar uma exposição
 Culminância  
Exposição de arte aberta ao público. Monte uma mostra dos trabalhos e convide pais, professores e colegas das outras turmas. Exiba todas as atividades desenvolvidas para que os visitantes conheçam a trajetória dos estudantes de Arte. 
Avaliação
Crie pautas de observação, aponte o que é importante cada série aprender e como os alunos se saem (se descobrem o uso de símbolos e utilizam novas cores, se colocam
mais detalhes e expressões faciais ou se de cada produção, organize momentos coletivos de apreciação. Nos autorretratos, pergunte que transformações identificam nas criações e que marcas apreciam na tela dos colegas.
Recursos
Livros com reproduções de autorretratos  lápis de cor, folhas de papel sulfite, cartolina branca, caneta hidrocor, giz de cera, espelhos portáteis, pincéis, tinta guache (nas cores primárias, preta e branca), recipientes para água e mistura de tintas, fotografias dos estudantes (antigas e atuais) e telas para pintura ou papelão, preparado com mistura de guache e cola brancos. 
POEMAS E MÚSICAS PARA CANTAR-1º E 2º ANO
Ampliar o repertório musical, conhecer um pouco mais sobre a canção, combinando melodia com poesia.
Objetivos - Ampliar o repertório musical das crianças
- Aprender a ouvir/apreciar músicas diversas
- Conhecer alguns poemas ou obras literárias musicadas
Conteúdo
Escuta musical
Repertório musical
Poesia
Canções
Sugestão de algumas obras musicais:
CDs: A Arca de Noé - volumes 1 e 2 (poemas de Vinícius de Moraes), Universal; De Paes para Filhos, de Paulo Bi (poemas de José Paulo Paes), MCD Records; Quero Passear, do Grupo Rumo, Palavra Cantada; Canções dos Direitos das Crianças, diversos artistas, Movieplay.
Desenvolvimento das atividades
Ouvir canções em roda apresente para a classe o que escutarão juntos. Conte às crianças que algumas das canções que vão ser ouvidas foram originalmente escritas como poesia. Esse é o caso, por exemplo, das faixas que compõem o CD A Arca de Noé, cujas letras são de Vinícius de Moraes, que só ganharam o acompanhamento da música muito tempo depois de terem sido criadas. Leia os poemas, textos ou letras das canções antes e também depois de ouvir a música. Procure deixar ao alcance das crianças, os livros em que estão os poemas ou textos musicados, para que eles sejam manuseados após a roda de leitura e música, e também em outros momentos do dia.
Ao fim de um período, todos devem saber cantar as músicas aprendidas, e podem cantar com a gravação. Faça com que a atividade de escutar canções e poemas musicados seja um momento especial: crie uma aconchegante roda de música, na própria sala de convívio diário, e realize esse encontro, por exemplo, duas ou três vezes por semana. Depois de conhecidas, as músicas passarão a fazer parte do repertório das crianças, e poderão ser tocadas e ouvidas em outros momentos do dia.
Avaliação
Quando a atividade envolve música, é importante que o professor não compare as aprendizagens, mas que consiga observar as características de cada criança dentro do grupo. Ao escutar uma canção, elas não manifestam seu prazer e seu interesse da mesma maneira. Nem todas dançam ou batem palmas; algumas preferem se manter atentas, apenas escutando, o que não significa não gostar do que ouvem.
É importante que o professor reconheça as manifestações de prazer e desprazer de seus alunos diante da música. Ele pode organizar rodas de apreciação musical, em que todos conversarão sobre suas músicas preferidas, sobre porque gostam ou não de determinada obra. Com isso em mente, podem ser bons critérios de observação:
- As crianças incorporaram canções apresentadas na roda de música ao seu repertório? Cantam-nas espontaneamente?
- As crianças se interessaram em procurar e localizar os poemas/letras de canções nos livros? - As crianças pedem, em outros momentos do dia, para que o professor toque as canções que escutaram na roda de música?
Recursos
Você vai precisar de alguns livros e de um aparelho de som.
Para a realização desta sequência, sugerimos algumas obras musicais com as características pedidas pela atividade:
Referencias
Marisa Szpigel
Selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10.
Luiz Antonio Mendonça
Bacharel em Educação artística com Licenciatura em Artes Plásticas.

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